![GALGOS CORRENDO COM FOCINHEIRAS TAPANDO A BOCA EM DISPUTA NA DE PISTA NA NOVA ZELÂNDIA](https://static.wixstatic.com/media/edd42f_7970934e245848928ae3ddccb85ebf24~mv2.jpg/v1/fill/w_980,h_551,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/edd42f_7970934e245848928ae3ddccb85ebf24~mv2.jpg)
A Nova Zelândia anunciou uma medida histórica: a proibição das corridas de galgos em até 20 meses, citando índices alarmantes de ferimentos como justificativa principal. O esporte, alvo de críticas há anos, tem enfrentado acusações de maus-tratos e doping de animais por parte de criadores. Agora, o governo busca proteger os cães e auxiliar a transição dos trabalhadores do setor para novas oportunidades de emprego.
De acordo com o Ministro das Corridas, Winston Peters, "a taxa de ferimentos permanece inaceitavelmente alta, apesar dos avanços recentes da indústria. Esta decisão é essencial para garantir o bem-estar dos animais". Peters também destacou que a medida inclui um projeto de lei urgente para impedir a matança desnecessária de galgos, sinalizando o compromisso do governo com a causa.
Embora outros países como Austrália, Irlanda, Reino Unido e EUA ainda permitam corridas de galgos, a Nova Zelândia se junta ao grupo de nações que priorizam os direitos dos animais. O impacto da decisão é significativo: dados mostram que, apenas em 2021, 232 galgos morreram e 900 sofreram ferimentos no país. Além disso, o grupo de direitos dos animais Safe registrou mais de 2.500 lesões e quase 30 mortes nos dois anos e meio subsequentes.
Grupos de defesa animal, como a Safe e a SPCA, celebraram o anúncio como um marco para os direitos dos animais. A SPCA descreveu a decisão como um exemplo que deveria ser seguido por outros países. Por outro lado, a Greyhound Racing New Zealand expressou forte oposição, afirmando que a decisão gerará um "vazio cultural e econômico", afetando um setor que movimenta NZ$ 1,3 bilhão por ano e emprega mais de mil pessoas.
O próximo desafio será realocar aproximadamente 2.900 galgos de corrida existentes no país, tarefa que já mobiliza organizações de proteção animal. Apesar das críticas da indústria, a decisão da Nova Zelândia marca um avanço importante na proteção animal, enquanto os olhos do mundo observam os desdobramentos dessa medida.
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